O sol nascia, disposto em um horizonte limpido e vivído. O céu se fazia azul brilhante, nuvens escondidas em recantos desconhecidos, o mar era visto da janela, as pessoas fazendo caminhadas, passaros cantando e animando a manhã nascente, pequenos crustaceos voltando ao mar, a maré enchendo, ao longe proximo ao farol, algumas barracas de camping, e um grupo de jovens sentados em volta de uma fogueira que dava sinais de sumiço.
Leticia, olhava da janela de seu quarto, o surgimento de um sabado com sensações diferentes.
Em seus pensamentos pairavam ideias desconexas sobre as semanas que se antecederam, sobre suas aulas de francês, suas idas e vindas com os amigos a loja de música, os ollhares lançados a Djiz, sua familia e as novas informações recebidas, o mar e seu balanço, a fuga, a noite passada, os sorrisos, abraços, carinhos, palavras.
Embaixo de seus lençois, Beth, acordava de uma noite de sono saborosa e bem aproveitada, recatada, sempre disposta a ajudar os amigos, e fazer com que eles jamais percam a alegria, a moradora da casa 36, na Rua dos Indipós, uma menina de baixa estatura, olhos amendoados castanhos, cabelos crespos e cheios, corpo magro esculpido pela ginastica artistica, estudante de arquitetura, pensa nos trabalhos que tem por entregar no começo das aulas, nas atividades a desenvolver no centro comunítário e no beijo que gostaria de ter dado em uma das pessoas presentes na casa na noite anterior. Levanta, estica o corpo, olha em volta, não vê nenhum dos amigos, desce e se depara com uma parte dormindo no tapete, outra parte proxima a rede tocando violão e vendo o dia chegar e supoe que outros tantos devem estar a dormir pelos quartos.
A casa é grande e aconchegante, o sabado está apenas começando e o fim de semana promete acalentar grandes surpresas.
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