domingo, fevereiro 15, 2009

Ele

O dia mal começara e a loja estava cheia, afinal era período de bota fora de cds, cameras, filmes e todo tipo de artigo. Era período para se renovar o estoque.

Djiz era novo na cidade, mas já estava acostumando-se com a rotina do lugar. Seu tia Islar, ja há muitos anos vivia ali, chegou ao Brasil, vindo encantando pela capoeira, como estudante de intercâmbio. Deixara Mali, ainda menino e fora viver com parentes na Europa. Islar, é um homem culto, agitado, amante de toda sorte de coisas quando se trata de música e muito ligado a familia e aos valores da sua religião. Alto, de pele escura, traços fortes, carater de alguem que trabalha duro, sorridente e cheio de energia. Após rodar pelo país, e conhecer toda riqueza cultural, calor humano e belezas naturais, não quis mais deixa-lo. Nem mesmo para voltar a sua amada terra natal.

Djiz...Chegara falando muito pouco português, mas passado três meses já lida muito bem com o novo idioma, formado em engenharia, o rapaz veio encantado pela oportunidade de conhecer uma cultura diferente e reencontrar o tio e familia que não via desde as ultimas férias de Islar em Mali, coisa de 10anos passados, ainda era um garoto a essa época.


Ouvira falar muito deste Brasil, de cores e desabores.Mas descobriu que muito pouco os brasileiros sabiam sobre seu país.

Aquela dia, tinha um sabor diferente, tinham chegado uns carregamentos de instrumentos e cds de seu país, ele dera ao tio uma idéia de inovar a loja, trazendo coisas da cultura deles, algumas propostas bem audaciosas. Deu-se a organizar a loja e verificar os produtos, nem percebeu, quando a menina dos olhos curiosos pôs-se a olha-lo.

3 comentários:

Nanda Matos disse...

Nossa, uma bagagem bem grande cultura e muita história pra contar.

ULTRADINAMICO disse...

Olá taysa,
Tudo bem, tudo tranquilo?
Por falar em cultura...como é que vai os preparativos para o carnaval?Sabe...a cultura do próximo para mim é sempre bem vinda e "ele" se adptou bem a cultura local( além da sua).


Beijão.

Sérgio

Taisa Ferreira disse...

Muitas histórias...a cultura é um caldeirão.

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